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Engajamento dos colaboradores: guia completo 2025 na alta rotatividade

Escrito por Mariana Schäffer | Gupy | 01/12/2023

O engajamento dos colaboradores é um dos maiores desafios enfrentados pelas empresas em 2025. Segundo a Gallup, apenas 21% dos profissionais no mundo estão realmente engajados com seu trabalho. 

Essa realidade preocupa, principalmente em tempos de alta rotatividade, em que a perda de talentos engajados gera custos significativos e compromete a continuidade dos negócios. 

Entender como medir e melhorar esse engajamento é fundamental para que o RH e as lideranças criem estratégias capazes de aumentar a motivação, a retenção e a produtividade. 

Mais do que uma métrica de satisfação, o engajamento reflete o quanto cada pessoa se sente conectada aos objetivos, valores e propósito da organização.

Neste artigo, vamos mostrar os principais impactos da falta de engajamento, por que medir esse indicador é essencial e quais práticas comprovadas podem ajudar sua empresa a aumentar o engajamento e comprometimento das pessoas colaboradoras.

O que é engajamento dos colaboradores?

O engajamento dos colaboradores é um conceito que vai muito além de satisfação no trabalho ou de estar motivado pontualmente. 

Ele se refere ao grau de envolvimento emocional, cognitivo e comportamental que uma pessoa tem com suas atividades, colegas, liderança e com os objetivos maiores da empresa. 

Em outras palavras, profissionais engajados não apenas cumprem tarefas: eles se conectam ao propósito organizacional, sentem que fazem parte de algo maior e demonstram proatividade em buscar soluções e melhorias.

Colaboradores engajados:

  • Sentem propósito no que fazem e entendem como suas atividades impactam o resultado final;
  • Enxergam alinhamento entre seus valores pessoais e os valores organizacionais;
  • Confiam na liderança, pois percebem clareza, coerência e ética nas decisões;
  • Acreditam em oportunidades de crescimento e visualizam futuro dentro da empresa.

O engajamento, portanto, é uma via de mão dupla: exige investimento da organização em cultura, reconhecimento e desenvolvimento, mas também depende do quanto a pessoa percebe reciprocidade e significado em sua atuação.

Por outro lado, a falta de engajamento traz consequências graves. Ela pode gerar queda de produtividade, aumento do turnover e impactos negativos no clima organizacional. Além disso, profissionais desengajados tendem a apresentar menor capacidade de inovação e até maior risco de absenteísmo, comprometendo diretamente os resultados da empresa.

Por que medir o engajamento dos colaboradores é essencial?

Medir o engajamento dos colaboradores é o primeiro passo para compreender de forma objetiva como as pessoas se relacionam com o trabalho e com a empresa. 

Muitas organizações ainda acreditam que é possível avaliar engajamento apenas pela observação do comportamento diário, mas essa visão é limitada e sujeita a interpretações pessoais. 

Sem métricas claras, as ações de RH ficam baseadas em percepções subjetivas, o que dificulta a tomada de decisão e pode levar a investimentos mal direcionados.

Quando o engajamento não é monitorado, os riscos se multiplicam. Entre os impactos mais comuns estão:

  • Produtividade reduzida: equipes desmotivadas entregam menos, com menor qualidade e prazos mais longos.
  • Aumento do turnover: profissionais desengajados buscam novas oportunidades mais rapidamente.
  • Custos indiretos elevados: segundo uma pesquisa da Gallup, a substituição de talentos pode custar até três vezes o salário anual da posição.
  • Clima organizacional prejudicado: a falta de motivação individual se espalha e afeta todo o coletivo.

Por outro lado, quando a empresa adota ferramentas adequadas, como pesquisas de clima, pulse surveys e análise de indicadores de desempenho, é possível mapear o nível de engajamento em tempo real e agir antes que os problemas se agravem. 

Além de permitir intervenções mais rápidas, essas métricas ajudam a identificar áreas de maior risco, fortalecer lideranças e alinhar estratégias de retenção com os objetivos de negócio.

Como medir o engajamento dos colaboradores na prática

A medição do engajamento dos colaboradores deve ir além de percepções subjetivas e ser estruturada com base em dados consistentes. 

O ideal é combinar métodos quantitativos e qualitativos, criando uma visão mais ampla sobre como as pessoas se sentem em relação ao trabalho e ao ambiente organizacional.

As pesquisas de engajamento são uma das formas mais utilizadas, pois permitem avaliar aspectos como motivação, alinhamento cultural, qualidade da liderança e percepção sobre benefícios. 

Já as pesquisas de pulso (pulse surveys) ganham destaque por sua frequência e rapidez: aplicadas semanal, quinzenal ou mensalmente, ajudam a acompanhar a evolução do engajamento ao longo do tempo, identificando pontos críticos em tempo real.

Além disso, indicadores de RH como absenteísmo, turnover, produtividade e participação em treinamentos funcionam como sinais de alerta que complementam as pesquisas. 

Outro recurso fundamental são os feedbacks e conversas one-on-one, que oferecem uma leitura qualitativa do engajamento, permitindo compreender expectativas individuais e ajustar práticas de gestão.

Ferramentas digitais, como softwares de pesquisas e gestão de engajamento e People Analytics, também ajudam a consolidar dados em relatórios visuais, facilitando a análise e a tomada de decisão. 

Assim, a empresa não apenas mede, mas transforma os resultados em ações personalizadas, que elevam o comprometimento e fortalecem a cultura organizacional.

Como aumentar o engajamento dos colaboradores

Medir é importante, mas agir é essencial. Não adianta somente ouvir as pessoas, é crucial fazer algo com isso. 

Diversas práticas já demonstraram resultados concretos no aumento do engajamento e comprometimento dos colaboradores da empresa, veja alguns exemplos:

1. Programas de reconhecimento eficazes

Programas de reconhecimento são um dos pilares mais relevantes quando falamos em como aumentar o engajamento dos colaboradores. Eles não precisam ser complexos: podem ir desde o reconhecimento público em reuniões até premiações estruturadas por desempenho. 

O essencial é que sejam justos, transparentes e consistentes, evitando favorecer apenas determinados grupos. Reconhecer resultados individuais motiva cada pessoa a continuar se dedicando, enquanto valorizar conquistas coletivas fortalece o senso de equipe e pertencimento. 

Além disso, reconhecer não se limita a resultados finais: atitudes alinhadas à cultura organizacional, como colaboração, inovação e resiliência, também devem ser celebradas. Esse tipo de prática mostra que a empresa valoriza não apenas o “o que” foi entregue, mas também o “como”. 

Quando o reconhecimento é parte da rotina e não apenas uma ação pontual, cria-se um ambiente em que as pessoas se sentem vistas, valorizadas e conectadas ao propósito da organização, porque o reconhecimento é uma necessidade básica do ser humano.

2. Feedback contínuo e comunicação clara

O feedback contínuo é mais do que uma prática de gestão: é uma ferramenta de engajamento. Pessoas que recebem retorno frequente entendem melhor suas entregas, pontos de melhoria e contribuições para os resultados coletivos. Isso gera clareza e evita que falhas se acumulem sem correção. 

Ao mesmo tempo, o feedback deve ser bidirecional: lideranças precisam ouvir as percepções da equipe, criando uma via de comunicação aberta. Essa escuta ativa fortalece a confiança, mostrando que a empresa valoriza as opiniões de quem está no dia a dia das operações. 

Outro ponto crucial é a comunicação clara. Mensagens vagas ou desalinhadas podem gerar insegurança e desmotivação. Por isso, alinhar expectativas e compartilhar informações de forma objetiva é essencial para o engajamento dos colaboradores. 

Quando há um fluxo transparente de comunicação, os profissionais sentem que fazem parte das decisões e tendem a se engajar mais com os objetivos da organização.

3. Desenvolvimento profissional e planos de carreira

O investimento em desenvolvimento profissional é uma das estratégias mais poderosas para aumentar o engajamento e o comprometimento dos colaboradores da empresa. 

Profissionais querem sentir que estão evoluindo e que o trabalho atual contribui para seus objetivos de carreira. 

Nesse sentido, treinamentos técnicos, programas de upskilling e reskilling, mentorias e oportunidades de participação em projetos desafiadores são altamente valorizados. 

Outro ponto é a transparência em relação aos planos de carreira. Quando a empresa mostra caminhos claros de crescimento e critérios objetivos para promoções, gera segurança e motivação. 

Isso evita que profissionais talentosos busquem oportunidades fora da organização. Além disso, o desenvolvimento não deve se restringir às habilidades técnicas: treinamentos em soft skills, como liderança, comunicação e inteligência emocional, também fortalecem o engajamento. 

Empresas que oferecem trilhas de aprendizado personalizadas demonstram que enxergam o potencial individual de cada pessoa, criando uma cultura de valorização que atrai e retém talentos.

4. Cultura organizacional positiva

A cultura organizacional é a base de qualquer estratégia de engajamento. Uma cultura positiva vai além de valores escritos em um mural ou na intranet da empresa: ela é percebida nas atitudes diárias de lideranças e equipes. 

Em empresas com ambientes saudáveis, há valorização do respeito, da colaboração e da diversidade e inclusão. 

Isso cria segurança psicológica, permitindo que as pessoas expressem opiniões sem medo de julgamento. Uma cultura positiva também se reflete no cuidado com o bem-estar, oferecendo condições de trabalho equilibradas e acessíveis. 

Outro ponto relevante é a liderança acessível e inspiradora, que atua como modelo de comportamento e garante alinhamento entre discurso e prática. Esse tipo de ambiente estimula a inovação, pois profissionais sentem liberdade para propor ideias e experimentar soluções. 

Ao mesmo tempo, reduz o turnover, já que as pessoas encontram na empresa um espaço de pertencimento. Portanto, cultivar uma cultura organizacional positiva é investir em engajamento e em resultados sustentáveis.

5. Benefícios alinhados às necessidades atuais

Os benefícios corporativos são hoje um dos principais diferenciais na atração e retenção de talentos. Mais do que complementos salariais, eles são vistos como demonstração de cuidado da empresa com o bem-estar das pessoas. 

Em 2025, os pacotes mais valorizados incluem apoio à saúde mental, como terapia online e programas de prevenção ao estresse, além de benefícios voltados à qualidade de vida, como incentivo a atividades físicas e alimentação saudável. 

A flexibilidade de jornada e os modelos de trabalho remoto ou híbrido também se tornaram critérios decisivos na escolha de onde trabalhar. 

Outro destaque é a personalização: permitir que profissionais escolham os benefícios mais adequados ao seu momento de vida — auxílio-creche, bolsas de estudo, vale-cultura — aumenta a percepção de valorização individual.

Esse alinhamento com as necessidades reais da equipe contribui para engajamento sustentável, reduz turnover e fortalece o vínculo emocional entre pessoa colaboradora e empresa.

Engajamento e comprometimento dos colaboradores da empresa

É importante ressaltar que o engajamento dos colaboradores não é responsabilidade exclusiva do RH. Ele é resultado de uma construção coletiva que envolve a liderança, a cultura organizacional e até mesmo a forma como a empresa se posiciona diante da sociedade. 

Quando esses elementos estão alinhados, cria-se um ambiente em que as pessoas sentem orgulho de pertencer e vontade de contribuir de forma contínua.

Uma liderança inspiradora é peça-chave nesse processo. Lideranças que praticam a escuta ativa, dão feedbacks construtivos e reconhecem os esforços de suas equipes são capazes de multiplicar o engajamento e o comprometimento. 

Do mesmo modo, empresas que comunicam com clareza sua missão, visão e propósito estabelecem uma conexão emocional que fortalece o vínculo com as pessoas colaboradoras. 

Esse alinhamento entre discurso e prática gera confiança e segurança psicológica, fatores indispensáveis para manter equipes motivadas.

É importante diferenciar, mas também relacionar, os conceitos de engajamento e comprometimento. Enquanto o engajamento desperta motivação, inovação e entusiasmo, o comprometimento garante consistência nas entregas e aumenta a permanência na empresa. 

Ou seja, profissionais engajados são aqueles que têm energia para entregar mais, já os comprometidos transformam essa energia em resultados sustentáveis. Juntos, esses fatores criam um círculo virtuoso que impacta diretamente a produtividade e a retenção de talentos.

O engajamento dos colaboradores é um indicador-chave para a sustentabilidade das empresas em tempos de alta rotatividade. Medir esse fator de forma consistente permite identificar riscos, reduzir turnover e aumentar a produtividade.

Investir em reconhecimento, feedback contínuo, desenvolvimento profissional e cultura organizacional positiva não é apenas uma boa prática: é uma estratégia de negócios que impacta diretamente os resultados.

Profissionais engajados não apenas entregam mais, mas também contribuem para inovação, retenção e fortalecimento da cultura empresarial.

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