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Estratégias de atração de talentos em 2025

Escrito por Luana Horchuliki | Gupy | 13/10/2021

A atração de talentos está no centro das prioridades de empresas em 2025. Um levantamento da Gartner mostrou que 72% das organizações consideram o recrutamento e a retenção como o maior desafio de capital humano no ano. 

Isso não é surpresa: o mercado de trabalho está mais competitivo, os profissionais mais seletivos e a tecnologia tem mudado a forma como pessoas candidatas se relacionam com empresas.

Nesse cenário, inovar deixou de ser um diferencial e passou a ser uma necessidade. O uso de Inteligência Artificial, People Analytics e Automação é realidade para otimizar triagens, prever rotatividade e personalizar benefícios. 

Paralelamente, cresce a valorização da experiência da pessoa candidata e colaboradora, que envolve desde processos de seleção transparentes até a garantia de segurança psicológica.

Além disso, práticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI) se consolidaram como fator decisivo na atração de talentos diversos e qualificados. Novos pacotes de benefícios, que incluem suporte à saúde mental, flexibilidade e bem-estar, também ganharam protagonismo. 

E, por fim, o desenvolvimento profissional contínuo tornou-se peça-chave para conquistar e reter talentos em busca de aprendizado constante. Ao longo deste conteúdo, exploraremos as principais tendências e boas práticas que moldam a atração e retenção de talentos em 2025. Confira!

O que é atração de talentos?

A atração de talentos é o conjunto de estratégias, processos e práticas que têm como objetivo despertar o interesse de profissionais qualificados para trabalhar em uma organização. 

Mais do que divulgar vagas, significa construir uma proposta de valor clara e atrativa, alinhada às expectativas do mercado e às necessidades da empresa. Em 2025, esse conceito vai além da comunicação tradicional. Ele envolve:

  • Fortalecer a marca empregadora (Employer Branding) para mostrar autenticidade;
  • Garantir experiências positivas em todas as etapas da jornada da pessoa candidata;
  • Usar dados e tecnologia para personalizar processos de recrutamento;
  • Oferecer condições de trabalho flexíveis e benefícios alinhados às demandas atuais.

Assim, a atração se conecta diretamente à retenção de talentos, já que profissionais atraídos por uma proposta sólida tendem a permanecer e engajar-se mais.

Importância da atração de talentos para as empresas

Empresas que não conseguem estruturar estratégias consistentes de atração de talentos sofrem consequências diretas, veja alguns exemplos:

  • Dificuldade de preencher vagas estratégicas, aumentando o tempo médio de contratação;
  • Custo elevado de recrutamento, já que cada processo demanda recursos e tempo;
  • Maior rotatividade, quando a promessa feita no processo seletivo não se sustenta na prática;
  • Queda de produtividade, causada pela ausência de profissionais qualificados e engajados;
  • Danos à marca empregadora, com impacto em clientes e parceiros.

Por outro lado, empresas que inovam nesse processo conquistam um diferencial competitivo: acesso aos melhores talentos, engajamento de longo prazo e construção de equipes de alto desempenho.

Como inovar na atração de talentos em 2025

Listamos abaixo, os principais meios de inovação para a atração de talentos da sua empresa, acompanhe:

1. Inteligência Artificial e automação no recrutamento

A transformação digital no RH já não é uma tendência futura, mas uma realidade consolidada. A Inteligência Artificial (IA) e a automação permitem que as empresas lidem com um alto volume de candidaturas sem perder a qualidade da análise. 

Além de reduzir o tempo médio de contratação, essas ferramentas ajudam a diminuir vieses inconscientes, ampliando a diversidade no processo seletivo. Um exemplo é a análise semântica de currículos, que identifica competências além de palavras-chave, evitando a exclusão de bons perfis por falta de termos específicos.

Outro avanço é o uso de video interviews com análise preditiva, em que a IA apoia a identificação de soft skills relevantes, como comunicação, resiliência e capacidade de liderança. 

A automação também se estende a notificações automáticas de feedback, agendamento de entrevistas e integração com sistemas internos da empresa. Ao somar velocidade, precisão e personalização, a IA coloca o RH em um novo patamar estratégico, tornando a atração de talentos mais competitiva e eficaz.

2. People Analytics para decisões estratégicas

O People Analytics deixou de ser um recurso complementar e se tornou indispensável para uma gestão de talentos baseada em evidências. Em 2025, não basta apenas coletar dados — é preciso traduzi-los em insights acionáveis que realmente influenciem as decisões estratégicas da empresa. 

Isso significa compreender não apenas quem está entrando na organização, mas também os fatores que mantêm as pessoas motivadas e produtivas.

Com análises avançadas, o RH pode identificar quais canais de recrutamento geram talentos mais alinhados à cultura, prever com maior precisão quais profissionais correm risco de desligamento e até calcular o impacto de diferentes benefícios no engajamento das equipes. 

Além disso, o People Analytics possibilita cruzar informações de desempenho com dados de clima organizacional, revelando padrões que ajudam a estruturar programas de desenvolvimento mais eficazes.

Assim, a atração de talentos passa a ser um processo orientado por dados, minimizando achismos e maximizando a assertividade.

3. Experiência da pessoa candidata e colaboradora

Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, a experiência da pessoa candidata tornou-se tão importante quanto a proposta de valor da vaga. Profissionais buscam processos de recrutamento claros, ágeis e respeitosos. 

Uma comunicação humanizada, que informe prazos realistas e ofereça feedbacks consistentes, aumenta a credibilidade da marca empregadora e influencia diretamente a decisão de aceitação de uma oferta.

A digitalização também trouxe novas expectativas: formulários excessivamente longos, sites não responsivos ou etapas desnecessárias podem afastar talentos. Por isso, investir em plataformas acessíveis e inclusivas é um diferencial competitivo. 

Além disso, práticas que garantem segurança psicológica desde o processo seletivo — como entrevistas respeitosas e livres de vieses — contribuem para uma percepção positiva da empresa.

No pós-contratação, essa experiência precisa ser reforçada no onboarding, com processos de integração que transmitam pertencimento e propósito. Quando bem conduzida, a jornada transforma cada pessoa contratada em promotora da marca, fortalecendo a atração de talentos a longo prazo.

4. Diversidade, Equidade e Inclusão como estratégia

A atração de talentos em 2025 está profundamente conectada às práticas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI), profissionais valorizam ambientes onde possam ser quem realmente são, sem medo de julgamentos ou discriminação. Por isso, as empresas que não estruturam políticas sólidas de inclusão ficam em desvantagem competitiva.

Mais do que abrir vagas direcionadas, é necessário construir um ecossistema organizacional que apoie o desenvolvimento de grupos historicamente minorizados. Isso inclui criar comitês de diversidade, treinar lideranças para lidar com vieses inconscientes e estabelecer metas claras de representatividade. 

Além disso, a linguagem utilizada nos anúncios de vagas deve ser inclusiva e acessível, demonstrando o compromisso da empresa em atrair diferentes perfis de profissionais.

Outro ponto relevante é a equidade salarial. A transparência em relação a remuneração e oportunidades de crescimento demonstra seriedade e contribui para consolidar a confiança. 

Empresas que adotam essas práticas não apenas atraem talentos mais diversos, mas também elevam a inovação e a performance do negócio.

5. Benefícios modernos: foco em saúde e flexibilidade

Se antes o pacote de benefícios era visto como um complemento, hoje ele é um dos principais critérios de decisão para profissionais em busca de novas oportunidades. Em 2025, a atração de talentos passa pela oferta de benefícios modernos, capazes de equilibrar vida pessoal e profissional. 

Entre os mais valorizados estão programas de bem-estar integrados, que incluem suporte psicológico, acesso a academias, aplicativos de meditação e até licenças voltadas ao autocuidado.

A flexibilidade também é destaque: modelos híbridos, remotos ou de jornada reduzida são diferenciais que atendem às necessidades individuais sem comprometer a produtividade. 

Outro ponto em ascensão é a personalização de benefícios, que permite que cada pessoa escolha opções de acordo com seu momento de vida, como auxílio-creche, vale-cultura ou apoio educacional.

Ao adotar essas práticas, as empresas demonstram sensibilidade às novas demandas sociais, tornando-se mais atrativas e fortalecendo a retenção de talentos no longo prazo.

6. Aprendizagem contínua e desenvolvimento profissional

O cenário de mudanças aceleradas exige profissionais em constante atualização, e empresas que reconhecem essa necessidade se destacam na atração e retenção de talentos. 

O conceito de lifelong learning é hoje um pilar estratégico, pois mostra que a organização está comprometida não apenas em contratar, mas também em evoluir junto com as pessoas.

Programas de mentoria são cada vez mais valorizados, permitindo que profissionais mais experientes compartilhem conhecimentos com quem está em início de carreira. Da mesma forma, trilhas de aprendizado digitalizadas, com cursos online e microlearning, permitem que cada pessoa avance em seu próprio ritmo.

A participação em eventos, workshops e certificações também é estimulada, ampliando o networking e trazendo novos insights para a empresa. Aliado a isso, o feedback contínuo fortalece o engajamento e permite ajustes rápidos no desenvolvimento.

Ao investir em capacitação, a empresa não apenas aumenta sua atratividade, mas constrói equipes mais inovadoras, resilientes e preparadas para os desafios do futuro.

Atração e retenção de talentos: um ciclo integrado

Não basta apenas atrair, é preciso reter. Empresas que oferecem boas práticas de atração mas falham na retenção correm o risco de perder profissionais logo após a contratação.

Por isso, estratégias como engajamento contínuo, planos de carreira estruturados e cultura organizacional sólida devem caminhar juntas. Quando a atração e a retenção estão integradas, os resultados são sustentáveis.

O impacto da má atração de talentos nas empresas

Segundo a Harvard Business Review, uma contratação mal feita pode custar até três vezes o salário anual da posição. Além do impacto financeiro, processos falhos geram:

  • Equipes desmotivadas;
  • Aumento de conflitos internos;
  • Desgaste da liderança;
  • Perda de competitividade.

Investir em atração de talentos inovadora é, portanto, também uma forma de reduzir riscos e proteger a saúde organizacional.

Exemplos de boas práticas em empresas líderes

Empresas que se destacam na atração de talentos geralmente combinam tecnologia e humanização. Alguns exemplos de práticas adotadas em 2025 incluem:

  • Plataformas que permitem às pessoas candidatas acompanhar o status da sua inscrição em tempo real;
  • Programas de embaixadores internos, nos quais profissionais atuais compartilham experiências em redes sociais;
  • Ambientes de onboarding gamificados, que tornam a integração mais atrativa;
  • Pacotes de benefícios flexíveis e adaptados ao perfil de cada equipe.

Essas iniciativas mostram que inovação está diretamente ligada à autenticidade e ao cuidado com as pessoas.

O papel estratégico do RH na atração de talentos

O RH tornou-se o setor protagonista das estratégias de negócios. Na atração de talentos, sua atuação é decisiva para:

  • Garantir que a proposta de valor da empresa esteja clara;
  • Monitorar indicadores de recrutamento, como tempo de preenchimento de vaga e custo por contratação;
  • Alinhar estratégias de atração com os objetivos da organização;
  • Criar uma cultura de inovação contínua.

Com dados, tecnologia e sensibilidade humana, o RH se posiciona como área estratégica e essencial para a sustentabilidade do negócio.

Em 2025, a atração de talentos exige inovação, estratégia e humanização. Inteligência Artificial, People Analytics e automação tornam os processos mais eficientes, enquanto diversidade, benefícios modernos e aprendizagem contínua fortalecem a proposta de valor das empresas.

A experiência da pessoa candidata e colaboradora é um ponto-chave, pois influencia tanto a decisão de ingresso quanto a permanência no time. Já as práticas de DEI, saúde mental e desenvolvimento profissional consolidam-se como fatores decisivos para quem busca não apenas um emprego, mas um ambiente de crescimento e pertencimento.

O futuro da atração e retenção de talentos pertence às empresas que entendem que pessoas não são apenas recursos, mas o ativo mais estratégico para a competitividade. Mais do que nunca, é hora de investir em inovação e colocar a experiência humana no centro das decisões.

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