O comportamento humano é complexo, e compreender o que motiva cada pessoa é um dos maiores desafios da gestão de pessoas. Nesse contexto, o MBTI — sigla para Myers-Briggs Type Indicator — surge como uma das ferramentas mais conhecidas para avaliar traços de personalidade, compreender como as pessoas percebem o mundo e tomam decisões.
No ambiente corporativo, o teste MBTI é amplamente usado para aprimorar a comunicação entre equipes, fortalecer a liderança e melhorar o desempenho organizacional.
A seguir, você vai conhecer a origem do modelo, seus tipos de personalidade e como aplicá-lo de forma estratégica em sua empresa. Confira!
O MBTI foi desenvolvido por Isabel Briggs Myers e Katharine Cook Briggs, mãe e filha, inspiradas nas teorias psicológicas de Carl Gustav Jung sobre os tipos psicológicos.
Durante a Segunda Guerra Mundial, elas criaram o instrumento para ajudar as pessoas a identificar preferências pessoais e comportamentais, com o objetivo de melhorar o trabalho em equipe e a satisfação profissional.
A partir dos estudos de Jung sobre introversão e extroversão, percepção e julgamento, Myers e Briggs expandiram o conceito, criando 16 tipos de personalidade baseados na combinação de quatro dimensões principais.
Hoje, o MBTI é aplicado em mais de 100 países e traduzido para mais de 20 idiomas, sendo amplamente utilizado por empresas e consultorias de recursos humanos.
Como falamos acima, são 4 áreas principais de personalidade, cada uma com 2 opções, todas representadas por uma letra:
Cada pessoa é uma combinação única dessas preferências. Assim, resulta em 16 tipos diferentes de personalidade, onde cada tipo psicológico tem características únicas que afetam como as pessoas se relacionam e colaboram.
Com base nas quatro dimensões, o MBTI identifica 16 tipos de personalidade, divididos em quatro grandes grupos: Analistas, Diplomatas, Sentinelas e Exploradores. Cada grupo compartilha características de comportamento e forma de enxergar o mundo.
Pessoas orientadas pela lógica, estratégia e visão de longo prazo. Costumam valorizar a independência intelectual.
Guiados por empatia, propósito e valores humanos, são comunicativos e inspiram outras pessoas.
Pessoas práticas, organizadas e voltadas à estabilidade.
Apreciam desafios, ação e liberdade. São flexíveis e adaptáveis.
Essas combinações ajudam empresas a entender como cada perfil se comunica, aprende e se motiva, o que é essencial para compor equipes diversas e equilibradas.
Estudos indicam que os tipos mais comuns variam conforme o contexto cultural e o setor profissional, mas de modo geral, as personalidades mais encontradas no mundo são:
Esses perfis são conhecidos por valorizar a harmonia, a responsabilidade e o senso de dever — características que fazem diferença em ambientes corporativos que exigem cooperação e comprometimento.
Por outro lado, existem tipos de personalidade menos comuns. Segundo levantamentos do Center for Applications of Psychological Type (CAPT), os cinco MBTI mais raros são:
Esses perfis são frequentemente associados à visão estratégica, à análise crítica e à capacidade de liderar transformações — características valorizadas em cargos de gestão e inovação.
Além da raridade, o que torna esses tipos tão interessantes é o equilíbrio entre racionalidade e intuição, algo que os leva a enxergar o todo antes de agir.
Pessoas com esses perfis costumam ser movidas por propósito, independência intelectual e desejo de impacto real no ambiente em que atuam.
Por exemplo, alguém com o tipo INFJ pode ter facilidade em compreender emoções e contextos humanos complexos, sendo ideal para funções de mediação, desenvolvimento humano ou liderança empática.
Já uma pessoa ENTJ tende a se destacar em posições de comando e planejamento estratégico, combinando objetividade com foco em resultados.
O perfil INTJ, por sua vez, é caracterizado pela busca constante por conhecimento e melhoria — profissionais com esse tipo podem se destacar em carreiras analíticas, pesquisa e inovação tecnológica.
Enquanto isso, os tipos ENFJ e INTP equilibram o raciocínio lógico e a sensibilidade interpessoal, o que os torna essenciais para projetos que exigem tanto criatividade quanto estrutura.
Reconhecer esses perfis ajuda o RH a compreender por que certas pessoas possuem traços de liderança natural, visão de longo prazo ou forte pensamento analítico, elementos fundamentais para construir times diversos e complementares.
No contexto corporativo, o MBTI se tornou uma ferramenta valiosa para o desenvolvimento de pessoas e equipes. Ao compreender os tipos de personalidade, o RH pode:
Por exemplo, uma pessoa com perfil ENFP (Ativista) pode se destacar em áreas criativas e de inovação, enquanto alguém com perfil ISTJ (Logística) tende a ter melhor desempenho em funções estruturadas, que exigem atenção aos detalhes.
Essas informações são especialmente úteis para a gestão de pessoas, área que busca equilibrar o desempenho técnico com as habilidades comportamentais — algo essencial em empresas orientadas por cultura e propósito.
Sim, o MBTI pode ser um grande aliado — desde que seja utilizado de forma responsável. O teste não deve ser visto como uma ferramenta de rotulação, mas como um instrumento de apoio à compreensão do comportamento humano.
Empresas que aplicam o MBTI corretamente conseguem melhorar a comunicação interna, identificar potenciais de liderança e construir equipes complementares, aproveitando as diferenças como ponto forte, e não como barreira.
Contudo, é importante lembrar que o MBTI não mede competência técnica nem desempenho, mas sim preferências naturais de comportamento.
Por isso, ele deve ser integrado a outras práticas de RH, como avaliação de desempenho, planos de desenvolvimento e feedbacks construtivos.
O teste MBTI deve ser realizado com base em uma metodologia validada e supervisionada por profissionais qualificados. Veja o passo a passo básico:
Embora existam versões gratuitas do teste disponíveis na internet, apenas a versão oficial, aplicada por profissionais certificados, garante precisão e ética no processo.
O MBTI só pode ser aplicado por profissionais certificados pelo Myers-Briggs Company (ou instituições reconhecidas internacionalmente). Essas pessoas são treinadas para interpretar os resultados e conduzir devolutivas.
Além do teste oficial, existem variações e alternativas simplificadas — como o 16 Personalities, que é inspirado no MBTI, mas não possui a mesma validade psicométrica.
Por isso, em contextos corporativos, recomenda-se sempre a versão oficial e acompanhamento especializado.
Aplicar o MBTI de forma estratégica exige planejamento. Confira algumas práticas eficazes:
Além disso, ao cruzar os resultados com testes de perfil comportamental e avaliações de desempenho, o RH ganha uma visão mais ampla sobre o potencial das pessoas.
A Gupy oferece soluções completas para atrair, desenvolver e engajar talentos, que podem ser integradas ao uso do MBTI e de outras ferramentas de autoconhecimento.
Com a solução de recrutamento e seleção, o RH pode identificar pessoas cujos comportamentos e valores se alinham à cultura da empresa, fortalecendo o fit cultural e reduzindo o turnover.
Já a solução de treinamento permite criar trilhas personalizadas de aprendizado, promovendo o desenvolvimento contínuo com base nos diferentes perfis comportamentais.
Combinadas, essas soluções ajudam empresas a criar equipes diversas, equilibradas e de alta performance, em que cada pessoa é valorizada pelas suas particularidades.
O MBTI é muito mais do que um teste de personalidade: é uma ferramenta poderosa de autoconhecimento e gestão de pessoas.
Quando aplicada corretamente, ajuda organizações a compreender o comportamento humano, fortalecer a liderança e melhorar o desempenho coletivo.
Ao reconhecer que cada pessoa enxerga o mundo de forma diferente, as empresas constroem ambientes de trabalho mais empáticos, colaborativos e produtivos.
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