Inteligência Emocional: Conceito, Desenvolvimento e 4 Dicas

Inteligência emocional é um conceito da psicologia criado por Daniel Goleman e refere-se à capacidade de lidar com os próprios sentimentos e os dos outros. Ou seja, entende-se que o termo diz respeito à habilidade de reconhecer, avaliar e regular emoções.


5 minutos de leitura

Se você está buscando recolocação ou já está atuando profissionalmente, é muito provável que tenha ouvido falar, em algum momento, sobre inteligência emocional e como ela é uma competência importante no mercado de trabalho.

Para você entender melhor o conceito, segundo o Daniel Goleman, psicólogo que desenvolveu a teoria, a inteligência emocional é a capacidade que as pessoas têm  — ou podem desenvolver — de gerenciar suas próprias emoções e lidar com as emoções do outro.

Em nossa sociedade atual, ter o QI elevado não é mais o suficiente, isso porque os seres humanos são complexos e os desafios do passado não são mais os mesmos de hoje. Tornou-se mais comum vivenciar conflitos no trabalho que desgastam o emocional da pessoa colaboradora. 

Dessa forma, quando existe o equilíbrio das emoções em momentos desafiadores, a tendência é manter a produtividade e entregar melhores resultados. Então, ter inteligência emocional é uma grande vantagem competitiva. 

É importante também saber que a inteligência emocional se divide em cinco áreas-chave: autoconhecimento, autogestão, motivação, empatia e habilidades sociais. Essas áreas mostram que, antes de mais nada, deve-se conhecer seu próprio eu para poder lidar com o mundo. 

Pela inteligência emocional se tratar de um assunto extenso, vamos te ajudar com quatro boas práticas para desenvolver seu autoconhecimento e, assim, conseguir criar seus diferenciais no mercado de trabalho. Falaremos dos seguintes passos:

  1. Identifique seu mindset 
  2. Liste seus desafios
  3. Faça sua análise SWOT profissional
  4. Olhe para suas referências pessoais 

Continue a leitura para saber como aplicar cada dica na prática. Confira a seguir! 

1. Identifique seu mindset 

Antes de entender suas emoções, vale saber como é a sua maneira de pensar. No livro "Mindset'', da psicóloga e phD, Carol S. Dweck, existem dois tipos de mindset, o fixo e o de crescimento. 

De forma resumida, podemos identificar as mentalidades assim: 

  • No mindset fixo, existe a visão que valoriza o resultado, mas não o esforço. Também há um grande medo de errar, o entendimento de que grandes habilidades são específicas para quem tem talento e o pensamento de “eu sempre fui assim, então não consigo mudar”;

  • No mindset de crescimento, a recompensa já está no processo e no que foi aprendido até então. Os erros são sinais de aprendizado, pois não serão mais repetidos. Talentos são desenvolvidos e o pensamento foca mais em “o que mais posso aprender?”. 

É claro que existem pessoas que têm esses dois tipos, mas qual é o seu predominante? 

Em quais comportamentos, no seu ambiente de trabalho, você conseguiu identificar que valorizou mais o esforço do que o resultado?

Você costuma atribuir habilidades avançadas a frases como “essa pessoa é assim porque tem talento”? 

Criando perguntas desse tipo, você poderá identificar seu comportamento e perceber qual mindset é predominante. 

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2. Liste seus desafios

Outra maneira eficiente de se conhecer é fazer uma lista dos seus desafios diários, registrar a emoção gerada com isso, sua reação durante o ocorrido e depois avaliar seu comportamento no processo. 

Com essa prática, tanto será possível nomear as sensações, como entender o que você considera como desafio de forma mais clara. 

O importante nessa atividade é você ser transparente e descrever à risca a situação sem criar julgamentos sobre você, ou sobre as pessoas envolvidas. 

Por exemplo, Ana foi contrariada na reunião, sentiu-se frustrada e interrompeu a pessoa que foi contra sua opinião. Isso gerou um clima tenso entre as pessoas do time.

Ao praticar a autoanálise, refletiu sobre seu sentimento gerado de forma mais consciente e identificou que existem pontos na comunicação que poderiam ser melhorados para que reagisse melhor nas próximas vezes.

Neste exemplo, uma conversa particular, ou então esperar a outra pessoa concluir para depois trazer argumentos coerentes já poderia facilitar essa comunicação.

Dica para começar: você pode se perguntar “o que eu poderia ter feito de diferente para tornar essa situação melhor?”. 

3. Faça sua Análise SWOT profissional

Usada geralmente em administração e marketing empresarial, a análise SWOT — ou análise FOFA — é uma ferramenta para identificar forças (strengths), fraquezas (weaknesses), oportunidades (opportunities) e ameaças (threats). Com ela, é possível analisar os ambientes internos e externos para fazer um planejamento estratégico.

Imagem da matriz SWOT

Agora aplicada à nossa realidade profissional, a análise SWOT ajuda no autoconhecimento a partir da identificação dos seus pontos fortes e fracos e pelas oportunidades e ameaças que você vê dentro da empresa, ou sob a percepção da sua carreira em geral. 

Por exemplo, uma pessoa entrou como estagiária de RH, com outras cinco pessoas. Foi dito, no processo, que apenas duas seriam efetivadas. 

Essa estagiária conhece bastante gente relevante do setor, possui perfil determinado e gosta de estudar. Mas também se sente insegura porque sabe que apenas duas pessoas serão contratadas de fato. 

De forma bem simples, ela poderia se avaliar desta maneira:

  • Forças: interesse por RH, perfil estudioso, possui grande rede de contatos para trocar experiências;
  • Fraquezas: ainda está iniciando a carreira, não possui muito repertório de atividades na prática, pessoa insegura;
  • Oportunidades: tem uma liderança humanizada, a empresa paga treinamentos, existe plano de carreira;
  • Ameaças: outros estagiários podem competir pela efetivação. 

Com essas informações, já é possível criar algumas perguntas para que o autoconhecimento se transforme em estratégia. Veja alguns exemplos:

  1. Como posso utilizar minhas forças para aproveitar as oportunidades?
  2. Como posso usar minhas forças para me afastar das ameaças?
  3. Quais oportunidades posso considerar para reduzir minhas fraquezas?
  4. Quais ameaças reforçam minhas fraquezas e qual estratégia devo seguir para diminuir o efeito?

Dica: busque sempre nomear as emoções que você tem, seja no trabalho, ou num processo seletivo para colocá-las nessa análise, pois o autoconhecimento na inteligência emocional precisa também estar voltado ao que você sente. 

4. Olhe para suas referências pessoais

Uma prática interessante da Psicologia Positiva para o autoconhecimento é pensar em três nomes que são referências pessoais na sua vida. 

Sabendo disso, quais foram as três pessoas que mais marcaram sua vida? Anote seus nomes numa folha, ou em um documento digital. 

Agora que você pensou nessas pessoas, escreva abaixo do nome de cada uma todas as características positivas que você lembrar e o porquê de você admirar isso nelas. 

Leia o resultado das suas anotações, porque assim você vai perceber quais comportamentos que você admira para se compreender e compreender as motivações de outras pessoas. 

Como você pôde ver neste artigo, a inteligência emocional é uma soft skill — ou habilidade comportamental — que contempla várias frentes que abrangem o comportamento individual e coletivo. Tais frentes precisam ser desenvolvidas para que a gestão das emoções seja feita da melhor forma possível e assim você mostre seu diferencial competitivo como profissional do mercado. 

Além disso, é claro que existem diversas outras maneiras de desenvolver a habilidade do autoconhecimento, então manter o estudo nessa área e buscar referências sobre o assunto é essencial para o aprendizado e melhor aplicação do conhecimento no cotidiano. 

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