3ª edição do HR4results (1ª grande edição): tudo que aprendi
7 minutos de leitura
Muitas lembranças ficaram na edição de 2019 do HR4results. Para contar como ela foi, nada melhor do que mais um relato, dessa vez de Monique Wasserman, do Encontre Saber. Confira:
HR4results: O que aprendi?
"Para mim , um evento é considerado bom quando saio dele cheia de ideias, com lições de casa, novos aprendizados e acreditando que a minha amada área, RH, viverá novos e bons momentos.
Mas vamos aos aprendizados. Vou elencar aqui as coisas que estão borbulhando na minha mente.
1) O tema do evento esse ano era sair da caixa.
Ao chegar, você já se deparava com um museu do RH do passado, aonde muitos dos itens mencionados ainda podemos ver no presente.
Em paralelo a isso, era possível ouvir as famosas frases: "preciso da vaga em 2 dias";"Aonde está o cafezinho?"; "Vai conversar lá no RH!", e por aí vai!
Me deu uma sensação boa ao passar por esse corredor. Já senti que o que veria dali para frente seria uma proposta de algo diferente disso. Que queremos (e vamos) colocar o RH em outro patamar.
2) Jornada do colaborador.
muitos títulos a mencionavam, alguns parceiros do evento tinham escrito na camisa e em quase todas as palestras que fui era mencionado.
Eu acho importantíssimo colocar o funcionário como protagonista e construir experiências memoráveis. Desde o dia que ele vai fazer a primeira entrevista até o dia que ele se desliga da empresa.
3) Vulnerabilidade.
Ouvi essa palavra em dois momentos. Primeiro na palestra do Márcio Libar, aonde não só ouvi, como vivenciei. Tive muita vontade de abraçar cada pessoa que estava ao meu redor naquele momento.
Ele fez uma atividade conosco na qual tínhamos que levantar a cada coisa que somos ou que já tínhamos vivido, desde assuntos leves como: sou bonito, feio, magro, gordo, etc. até assuntos mais pesados como suicídio.
A cada pessoa que levantava quando era falado algo difícil, ele falava: obrigado pela sua coragem. O outro momento foi na palestra da Mariana, CEO da Gupy, que ela mencionou uma frase e o documentário da Brené Brown (vejam!).
4) Mulher.
Em uma área que é predominantemente feminina, achei muito bonito trazer esse assunto à tona. A pessoa que mais me ensinou sobre esse assunto foi a Ana Paula Padrão, que me surpreendeu porque eu não tinha conhecimento que ela é uma super empreendedora.
Alguns dados que ela trouxe:
- Empresas que tem pelo menos uma mulher no time de executivos são mais lucrativas!
- Tem 50% mais chance de aumentar a rentabilidade e 22% mais chance de crescer margem Ebitda.
- Apesar disso 32% das empresas pesquisas possuem mulheres em cargos executivos (contra 38% em 2011).
5) Tecnologia.
Para mim, a palavra que define esse tema é simplificação. As pessoas colocam um peso muito grande quando é falado em transformação digital. O Demetrio Teodorov, meu amigo querido, palestrou e falou lindamente sobre Futurismo.
A parte que mais me marcou foi quando ele mostrou um chatbot que utilizaram na Alelo para explicar sobre um processo novo, e ele reforçou que a implementação foi simples e que facilitou bastante para a compreensão dos funcionários.
Ele também apresentou o chip que ele tem implantado dentro da pele e que isso pode ser o futuro das organizações. Melhor do que eu falar, te recomendo assistir esse vídeo:
6) Diversidade.
A pessoa que mais me veem a cabeça quando esse tema é falado foi a palestra que escolhi assistir e que sempre fico feliz com a minha escolha: Camila Achutti.
Ela comentou sobre uma pesquisa que me chamou muito atenção: dois artigos iguais foram apresentados para dois grupos. Um tinha como autor uma mulher e no outro um homem. No que era uma mulher, o grupo falava que era maluca, que só tinha escrito coisas erradas. Enquanto o grupo que lia com o nome de um homem falava: que artigo interessante, que inteligente.
Reforçando: o mesmo artigo! Surreal, né?
Outro dado legal que ela compartilhou foi que na turma dela de Ciência da Computação, ela era a única mulher, mas na primeira turma desse mesmo tema, 70% do grupo era composto pelo gênero feminino. Em que momento que isso mudou?
Outro ponto foi sobre o estereótipo das pessoas que trabalham com tecnologia. E aí, como você descreveria quem trabalha com tecnologia?
7) Cultura.
Esse talvez tenha sido, junto com a jornada, o tema que mais ouvi. E isso se une a palavra que mais é falada no momento: propósito. Muito se falou sobre a importância do proposito da organização.
Gostei da informação que recebi na palestra da Mariana Pimenta, do Nubank: De acordo com Daniel Coyle, culturas são criadas a partir de:
- 1) Pertencimento e Proximidade.
- 2) Empatia e vulnerabilidade.
- 3) Propósito.
8) Lifelong Learning.
Esse é um dos temas que mais defendo (afinal, foram 100 cursos em 15 meses e não parei por ai) porque nunca podemos parar de estudar. A palestra que expandiu minha mente sobre esse tema foi a do Roni Cunha Bueno.
Ele compartilhou com a gente ritos que ele faz todo ano:
- 1) levar os funcionários para o SXSW.
- 2) Uma pausa com o time para um momento de autoconhecimento
- 3) Todo mundo é convidado para aprender algo novo e no último ano eles aprenderam sobre serigrafia. Incrível, ne? E aí, o que você aprendeu hoje?
9) Autoconhecimento.
A palestra da Mariana Ferrão foi aquela palestra que você sai com vontade de ir contar para as pessoas e replicar os aprendizados. Ela iniciou solicitando que a gente enviasse uma mensagem para alguém querido agradecendo por algo. É tão gratificante você ter esse momento de pausa e agradecer. Faça isso!
Tivemos alguns momentos para olhar para dentro, olhar para fora e olhar para dentro novamente. Entre todos os momentos, o que me marcou foi quando ela compartilhou sua experiencia em Brumadinho. E aí veio o aprendizado maior: faça mais o exercício de ouvir o outro!
E também, algo que ouvi na palestra do Marcio: mais do que dizer eu te amo, fale: eu estou aqui para você! Essa frase tem um poder gigante! Esteja mais presente, tanto para você quanto para os outros. A Mariana criou o Unboxing.me, um curso para você sair da caixinha e colocar para fora aquelas habilidades e talentos escondidos. Tudo a ver com o tema do evento: sair da caixa!
10) Employer Branding.
Antes mesmo de eu conhecer essa nomenclatura, eu já valorizava o tema. Sempre defendi que cada pessoa que participa de um processo seletivo tem que sair amando aquela empresa. Mesmo se não passar, ela pode virar consumidor.
Nesse assunto, o que mais me marcou foi meu bate papo com um dos parceiros do evento: a MatchBox. Recomendo entrar no site para conhecê-los.
Mas para mim, mais do que qualquer palestra foi ver os funcionários da Gupy. Foi um dos mais marcantes casos de marca empregadora para mim. Num primeiro momento, quando a Mariana entrou no palco, todos os funcionários gritavam e torciam.
E ao final do evento, que momento mágico! Todos festejando, agradecendo cada pessoas que participou desse sonho deles e com o sentimento de orgulho exposto através da camisa e o brilho nos olhos.
Me deu vontade de agradecer a cada um deles e falar o quanto o evento foi incrível e enriquecedor. Está aqui o meu muito obrigada a todo o time Gupy e os meus parabéns pelo lindo evento.
Isso foi apenas um resumo, ou seja, os aprendizados foram muitos nesses últimos dois dias.
A Maryana Rodrigues, que apresentou o evento falou a seguinte frase: Já conheceu alguém novo hoje? E o evento possibilitou isso: a cada vez que eu abria a ferramenta "ao seu redor" do Linkedin tinha alguém lá para eu adicionar.
Acredito que eu devo ter adicionado em torno de 50 pessoas nesses últimos dias. E também, o mais especial para mim: um dia antes do evento eu decidi criar um grupo de Whatsapp para conhecer pessoas incríveis e compartilharmos os conteúdos do evento.
Em um piscar de olhos, tinha 100 pessoas ali trocando, aprendendo, se conhecendo e compartilhando. Obrigada a todos que entraram nesse grupo, vocês fizeram o evento ser ainda melhor para mim!"
Monique no HR4results
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