9 filmes que contribuirão para a sua carreira de RH
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Seja por meio de profissionais renomados, seja por pessoas próximas ou até mesmo na ficção, buscar inspiração é algo fundamental, que nos faz perceber situações de modo diferente e nos motiva a conquistar objetivos.
E na área profissional, sobretudo na carreira de Recursos Humanos (RH), isso ocorre frequentemente. Nesse contexto, a sétima arte vem demonstrando grande interesse pelo complexo universo corporativo. A maioria dos filmes consiste em ótimas maneiras de aprender experiências novas, de forma divertida e leve.
Embora existam a licença poética e o drama para deixar a história mais interessante, a ficção também acaba servindo de inspiração para aperfeiçoar os comportamentos e revelar diferentes concepções acerca do trabalho com pessoas.
Por isso, é importante buscar por novos conhecimentos para que o tempo livre possa ser usado também para aprimorar a carreira e aplicar os aprendizados na profissão.
1. À procura da felicidade (2006)
A história comovente do pai de família Chris Gardner (Will Smith), que se vê sozinho com o filho (Christopher (Jaden Smith) após o abandono de sua mulher, é baseada em fatos reais.
A família passa por uma terrível crise financeira, e, para sobreviver, Chris arruma um emprego como vendedor de máquinas de raio X, que não fazem muito sucesso. A trama muda quando o protagonista se candidata a uma vaga de estágio não remunerada, que pode render futuramente uma vaga de emprego como corretor da bolsa de valores.
Além de ser uma história de motivação, persistência e resiliência, o filme destaca a valorização do potencial e da força de vontade daqueles profissionais que buscam oportunidades no mundo corporativo e, mesmo sem experiência na área, se destacam por sua capacidade e seu esforço.
2. Happy Feet – o pinguim (2006)
Nem sempre as animações se restringem ao público infantil. Happy Feet é um bom exemplo de filme inspirador que provoca reflexões tanto nas crianças quanto nos adultos. Na obra, Mano é um pinguim que nasce em uma sociedade cuja principal atividade é o canto. Nela, todos são ótimos cantores, com exceção dele. Consequentemente, Mano sofre muito preconceito, e seu verdadeiro talento é ignorado – o sapateado.
Na vida real, a comunidade pinguim compara-se àquelas organizações que são demasiadamente conservadoras, com colaboradores acomodados na mesma função há anos, por exemplo. Para o RH, o filme aponta a necessidade de inovação e a importância de compreender e respeitar as diferenças individuais da equipe para o crescimento da empresa.
3. Obrigado por fumar (2006)
Neste filme, Nick Naylor (Aaron Eckhart) é o mensageiro de uma associação de empresas responsáveis por fabricar e fornecer cigarros nos Estados Unidos. Ele se encarrega de defender a reputação da indústria, tentando mantê-la positiva diante de uma sociedade que a incrimina.
No âmbito de gestão de pessoas, a produção cinematográfica destaca-se por tornar explícito o problema que os profissionais do RH apresentam em fazer com que suas equipes compreendam os valores, as metas e os objetivos pelos quais a empresa preza. Além disso, a trama faz os espectadores refletirem sobre a relação de ética, trabalho e salário. Afinal, até que ponto vale realmente a pena manter-se em um cargo e correr riscos apenas por dinheiro?
4. Os estagiários (2013)
Nick (Owen Wilson) e Billy (Vince Vaughn) são dois vendedores que perderam seus empregos e agora precisam reinventar-se na carreira. A oportunidade surge ao se inscreverem em um programa de estágio de uma das maiores empresas do mundo: a Google.
A principal mensagem da narrativa é como os bons profissionais podem aparecer de onde menos se espera e que todos podem ajudar à sua maneira. Além disso, o filme nos permite conhecer como funciona o processo de recrutamento da Google, que utiliza critérios inspiradores para o RH. A criatividade, o “pensar fora da caixa” e a inovação são fatores explorados pela empresa, que mostram como isso pode tornar-se uma vantagem competitiva.
5. O que você faria? (2005)
É um drama misturado com suspense produzido na Espanha, que adapta para o cinema os contrastes de uma metodologia usada por especialista para a seleção de candidatos: o método Gronholm.
No filme, sete executivos disputam uma vaga de emprego por meio de um teste nada vocacional. As diversas reviravoltas do filme mostram como o ambiente de seleção dos candidatos e os exames realizados podem ser repletos de tensão, já que os candidatos são colocados em uma sala e, sem saber que estão sendo observados, passam por situações que os deixam em um nível de tensão insuportável.
Com relação ao RH, o filme deixa claro que o gestor é o responsável por administrar, da melhor forma possível, o clima de competitividade interna existente, para que não se transforme em um conflito de egos. Além disso, a avaliação do perfil psicológico dos candidatos é uma atribuição delicada e extremamente necessária por parte do RH da empresa.
6. Amor sem escalas (2009)
O personagem Ryan Bingham (George Clooney) é contratado por organizações de grande porte para realizar demissões em massa, sendo ele o responsável por dar a notícia aos colaboradores sobre o desligamento. Para realizar seu serviço, ele viaja frequentemente pelo país, até que um dia seu posto passa a ser ameaçado por uma recém-formada, Natalie (Anna Kendrick), que deseja trocar sua atuação pessoal pelo trabalho virtual, via chamada de videoconferência.
O filme aborda um tema delicado sobre demissões em massa, além da forma como isso deve ser discutido. Desse modo, a história permite a possibilidade de discutir abertamente sobre ética e valorização dos profissionais, sobretudo em momento de crise. Nesse caso, o RH deve ter consciência do seu papel humano e empático em condições totalmente adversas, sempre atento aos desejos, medos, sonhos, às expectativas e frustrações das pessoas com quem atua.
7. Um senhor estagiário (2015)
O filme conta a história de um senhor de 70 anos, Bem Whittaker (Robert De Niro), que participa de um programa de estágio para idosos de uma empresa de e-commerce administrada pela jovem Jules Ostin (Anne Hathaway) – o que, a princípio, gera estranhamento e muita resistência. No entanto, apesar do contraste entre gerações e percepções de mundo, os dois formam uma verdadeira amizade e aprendem bastante um com o outro.
Trata-se de uma comédia que mostra como as diferenças entre os profissionais podem ser superadas e como cada um, com sua experiência, pode contribuir para a empresa. O filme é um grande estímulo para os profissionais, pois desvia o foco dos dados estatísticos, procedimentos e protocolos que fazem parte de uma empresa.
Com relação ao setor de RH, o filme retrata que o recrutamento de talentos é parte importante para garantir êxito nas empresas. Além das experiências técnicas dos candidatos, as habilidades pessoais e o fato de saber lidar com pessoas impactam diretamente o trabalho em equipe, como é claramente demonstrado pelo personagem Ben.
Outro aspecto importante tratado pelo filme é o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, algo que o RH deve estar atento, já que o colaborador pode ter sua produtividade e seu desempenho afetados quando não consegue fazer isso.
8. Moneyball – o homem que mudou o jogo (2011)
Essa obra conta a história de Billy Beane (Brad Pitt), o gerente do time de baseball Oakland Athletics. No contexto, o time enfrentava uma crise financeira e, mesmo com recursos limitados, precisava competir com times maiores. Para vencer as adversidades, ele resolve investir em metodologias inovadoras de contratação de atletas, utilizando dados, estatísticas e seguindo os modelos tradicionais de olheiros.
Além dos ensinamentos aos gestores em como diferenciar seu negócio em um mercado altamente competitivo, o RH também tem sua contribuição nesse filme. A princípio, a inovação pode tornar-se um diferencial no recrutamento e em outros processos de gestão de pessoas. Essa é a grande lição do filme para a área: estar aberto a práticas inovadoras.
No filme, os dados são instrumentos essenciais para contratar jogadores. Fora da ficção, os dados chamam atenção em diversos processos corporativos, e no RH é possível adotá-lo em tarefas como treinamentos e avaliação de desempenho.
9. O diabo veste Prada (2006)
Considerado um grande sucesso, o filme conta a história de Andrea Sachs (Anne Hathaway), uma jovem que consegue um emprego de assistente com Miranda Prisestly (Meryl Streep) – a famosa e temida executiva da revista de moda Runaway. Para se adequar aos padrões da organização, Andrea abre mão de seus valores, seu modo de vestir, seus momentos de lazer e suas horas de descanso. Porém, nada disso parece ser suficiente.
A obra traz muitas contribuições para o RH, como o fato de uma liderança ser inspiradora e ao mesmo tempo manter uma cultura “tóxica” – por isso, a diretora é descrita como “diabo” no filme –, como a motivação pode prejudicar o ambiente de trabalho, como a instabilidade entre vida profissional e pessoal ocasiona angústia tanto para os funcionários quanto aos gestores e como o clima organizacional desagradável pode influenciar negativamente a organização.
Nesse sentido, o RH precisa prestar atenção nos sinais que indicam a desmotivação dos funcionários e o clima organizacional ruim, para evitar o trágico turnover e o mal-estar dos colaboradores.
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