Candidate experience: 5 ações para melhorar o processo seletivo

A candidate experience, ou experiência do candidato, pode ser resumida como a forma como uma pessoa se sente sobre uma empresa depois de passar por um processo seletivo. Ou seja, toda a jornada que aquele profissional vive entre descobrir uma vaga, se aplicar a ela e chegar até a última ponta do processo (sendo contratado ao final ou não).

Falar isso, porém, nos faz cair em um certo reducionismo. Afinal, a experiência do seu candidato começa muito antes de você abrir uma vaga e acaba muito depois da contratação — aliás, como você vai ver, ela na verdade nunca termina.

Por que investir na candidate experience

A experiência do candidato não é importante apenas por promover o cuidado e respeito com o tempo e a dedicação das pessoas que se engajam nos seus processos seletivos. Apesar disso já ser um motivador incrível e suficiente para você aprimorar esses trabalhos, uma boa candidate experience também resulta em muitos benefícios de negócio. Veja alguns deles:

  • Marca empregadora muito mais forte;
  • Custos reduzidos no processo de Recrutamento & Seleção;
  • Mudanças positivas em indicadores importantes, como o tempo de fechamento de vaga e turnover;
  • Fluxos do processo seletivo mais otimizados;
  • Mais engajamento dos candidatos no funil.

Entre outras vantagens para a empresa, para os talentos e para o mercado.

Por isso, não espere mais para criar uma jornada relevante, fluida e positiva para os seus candidatos.

Nova call to action

5 ações para garantir uma boa candidate experience no processo seletivo

Mais do que nunca, em tempos de incerteza e instabilidade, faz-se necessário humanizar o mercado e as nossas relações. Empresas são feitas de pessoas — e o RH sabe disso melhor do que ninguém. 

Por isso, antes de pensar em práticas como otimizar sua página de carreiras, enxugar as etapas do processo seletivo e fazer uma boa entrevista, melhorar a sua candidate experience começa justamente pelo mais simples: focar nas pessoas.

Veja algumas ações que você pode colocar em prática agora mesmo para começar a desenhar uma candidate experience de excelência:

1. Mude sua mentalidade

Nós sabemos que o trabalho do RH precisa ser multifacetário e multifocado. Metas, indicadores, prazos, orçamento, ferramentas, estratégias… Tudo deve estar no radar para desenvolver ações que deem resultado. E não estamos falando aqui para perder tudo isso de vista, mas sim alterar a forma como se olha para todas essas coisas.

Para criar uma jornada positiva para o seu candidato no processo seletivo, você precisa pensar no candidato. Parece óbvio quando colocamos dessa forma, mas é algo muito negligenciado pelas empresas — o que se reflete negativamente na marca empregadora.

Claro que precisamos agir de olho em reduzir o tempo de fechamento das vagas, diminuir o turnover, otimizar os custos do processo etc. Mas quando colocamos o candidato no centro do planejamento, todas essas outras coisas se desdobram como uma consequência natural.

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67% dos candidatos afirmam que se candidatariam a outras vagas na empresa se eles tiverem vivido uma boa experiência, mesmo depois de receberem uma negativa. Esse é um número considerável de pessoas que se mantém engajadas com a sua empresa e retornam em processos seletivos futuros, contribuindo para um fluxo mais ágil e eficiente.

2. Enxergue candidatos como clientes

Candidatos e talentos da empresa estão para o RH assim como consumidores estão para os times de marketing ou vendas. São eles os seus “clientes” e, por isso, precisam ser tratados com respeito e atenção.

Para isso ficar mais fácil e intuitivo, o RH pegou emprestado um conceito do marketing que funciona muito bem para chamar a atenção do público-alvo: o Inbound Marketing. A partir desse modelo, foi desenvolvido o Inbound Recruiting, que tem o objetivo de atrair os candidatos certos, nos canais certos, para as oportunidades certas. Isso é feito por meio de etapas que formam o funil do recrutamento, dividido em quatro momentos: recrutar, selecionar, admitir e encantar.

Quem quer atrair consumidores, precisa fazer com que se apaixonem pela marca e veja vantagens naquele produto, certo? Da mesma forma, o RH deve atuar diante dos talentos, mostrando a sua cultura, os seus diferenciais e criando um relacionamento baseado no respeito e na transparência. 

Assim, esses profissionais poderão enxergar o valor de “comprar” essa ideia e escolher a sua empresa para trabalhar, desenvolver sua carreira e crescer. 

3. Humanize sua comunicação

Essa é a regra de ouro de toda a candidate experience — e, por que não?, de toda a atuação do profissional de RH. Seja em processos com milhares de currículos, seja nutrindo o seu banco de talentos, seja buscando proativamente um profissional gabaritado, nunca se esqueça de que cada currículo que você recebe representa uma pessoa. Um indivíduo único, humano, que merece cuidado e respeito.

Quando você humaniza seu processo, isso se reflete em todo ponto de contato entre a sua empresa e o seu público. Desde a linguagem usada nas redes sociais, o atendimento feito pelo time de suporte, a prospecção de candidatos, os feedbacks necessários ao longo do processo seletivo, tudo se torna mais real, mais amigável e mais interessante para os talentos do mercado.

Em resumo, a melhor forma de criar uma conexão verdadeira com as pessoas é sendo você também uma pessoa. Na candidate experience, isso não é difícil de fazer. Mesmo usando templates de e-mail e automatizando mensagens, por exemplo, personalize o que for possível. Além disso, mantenha os canais abertos e esteja disponível para tirar dúvidas e manter seus candidatos informados.

4. Pense em entregar valor real

Uma boa candidate experience tem que ser edificante. Isto é, o candidato precisa sair dela melhor do que entrou. Para fazer isso, o RH pode lançar mão de diversas estratégias e recursos ao longo do processo seletivo.

Nutrir candidatos no banco de talentos, por exemplo, é uma ótima ideia. Você pode enviar dicas de vídeos, cursos e artigos que contribuam para o conhecimento deles; promover mentorias técnicas e workshops para ensinar ferramentas e processos relevantes; fazer vídeos com funcionários para tirar dúvidas etc.

Além disso, ao longo de todo o processo seletivo, mantenha o candidato informado sobre as etapas, próximos passos e responsabilidades. Inclua testes e dinâmicas que sejam relevantes e os ajudem a refletir sobre sua experiência e aprendizados. Candidatos mais seguros e empoderados podem até se sair melhor na entrevista — e, quem sabe, um dia se tornarem top performers na sua empresa.

5. Coloque-se no lugar do outro

O momento de concorrer a uma vaga de emprego é delicado, pode gerar ansiedade, antecipação, insegurança. Lembre-se disso quando deixar um candidato sem retorno sobre uma oportunidade ou quando remarcar ou atrasar muito uma entrevista. Você gostaria de viver essa experiência?

A empatia vale ouro, especialmente na candidate experience. Coloque-se, literalmente, no lugar dos seus candidatos e experimente o seu processo seletivo na prática. Veja a duração, a complexidade das etapas, o número de passos, como é a navegação na sua plataforma e como são os e-mails que chegam. 

Analise tudo sob a perspectiva de quem vive o processo do outro lado. Isso é muito importante para diminuir a lacuna entre o que as empresas acham que entregam para o que os candidatos realmente recebem.

Criar uma boa candidate experience é um trabalho delicado, que demanda cuidado, dedicação e muita atenção aos detalhes. Mas é, também, uma ferramenta valiosa para a empresa. 

Quando pensada de uma ponta a outra, bem estruturada e fluida, a experiência do candidato vai surtir efeitos positivos em todos os envolvidos, resultando em profissionais mais qualificados e satisfeitos, uma marca empregadora muito mais forte, funcionários mais engajados e valorizados, e um mercado cada dia mais humano. Todo mundo ganha, não é?

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